Eleição de Bolsonaro detona guerra ideológica na USP – Simões Filho Fm
Redação

Eleição de Bolsonaro detona guerra ideológica na USP


 
 
 

A eleição de Jair Bolsonaro como presidente da República no último domingo (28), motivou uma série manifestações de apoio ou protesto contra vitória do candidato do PSL na Universidade de São Paulo.

No campus da USP na capital paulista, apoiadores do presidente eleito organizaram a “Marcha do Chola Mais” em comemoração à eleição do capitão reformado do Exército.

Apesar das mais de 18 mil pessoas que manifestaram interesse no Facebook, a passeata reuniu cerca de 20 pessoas na Escola Politécnica da USP e passou por outros prédios da universidade, como a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH).

Em resposta à manifestação dos apoiadores de Bolsonaro, o Movimento Antifascista da USP, apoiado por centros acadêmicos e pelo Diretório Central Estudantil (DCE), convocou um ato que reuniu mais de 500 pessoas — segundo os organizadores.

A manifestação começou na FFLCH e terminou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU-USP), onde os manifestantes entoaram gritos de “ele não, ele nunca, ele jamais”, contra Bolsonaro.

‘Nova era’

Ainda na USP, quatro estudantes da Faculdade de Economia e Administração (FEA-USP) posaram para uma foto em que ameaçam mulheres petistas e anunciam a chegada de uma “nova era”.

Um dos alunos traja um uniforme militar e outros dois fazem alusão a Kim Jong-Un, líder da Coreia do Norte, e ao presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Ao fundo, um quarto estudante segura uma bandeira de um movimento nacionalista dos EUA. A imagem também mostra duas armas — não se sabe se são reais ou de brinquedo.

A direção da FEA instaurou uma sindicância para investigar quem são os alunos e quais medidas serão tomadas. Por meio de nota, a Faculdade repudiou a incitação à violência.

“Em algumas situações, algo que pode ser pensado como ‘brincadeira’ pode ser o estopim para aumento da agressividade e mesmo ameaças. Isso é inaceitável pois queremos um ambiente em que a comunidade possa pensar, discutir, aprender e crescer”, diz a nota, assinado pelo diretor Fábio Frezatti.

Racismo

Na segunda-feira, um estudante do 10º semestre de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie divulgou um vídeo, em suas redes sociais, no qual afirma, vestido com uma camisa estampada com o rosto de Bolsonaro, que a “negraiada vai morrer [sic]”.

Como forma de repúdio, alunos protestaram contra a violência e discursos de ódio. “Divergências políticas devem ser sempre respeitadas, mas jamais toleraremos que um aluno clame por morte de nossos pares”, diz a publicação do DCE Mackenzie, em seu Facebook.

A universidade repudiou o aluno por meio de nota e  informou que abriu um processo disciplinar e o suspendeu preventivamente de suas atividades acadêmicas.

O estudante também foi demitido de seu estágio em um escritório de advocacia. “O escritório repudia veementemente qualquer manifestação que viole direitos e garantias estabelecidos pela Constituição Federal”, diz a nota da banca DDSA.

Fonte: Veja


 
 
 

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