
Trump cumpre promessa e EUA reconhecem Jerusalém como a capital de Israel
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na tarde desta quarta-feira, 6, que o país reconhecerá Jerusalém como capital de Israel. A decisão provocou críticas de aliados no mundo árabe e na Europa Ocidental, mas o secretário de Estado Rex Tilerson disse que não deve alterar o compromisso de Trump com as negociações de paz no Oriente Médio. A medida torna os Estados Unidos como o único país com uma embaixada em Jerusalém, segundo a rede de TV CNN.
“Em 1995, o Congresso aprovou uma lei que determina que a embaixada seja transferida para Jerusalém, mas em 20 anos todos os presidentes se negaram a cumprir essa medida”, disse Trump , ao exaltar o fato de ser o primeiro presidente a cumprir uma promessa relativamente comum em campanhas eleitorais, mas até então nunca cumpridas.
Trump disse ainda que a decisão não interfere na busca por um acordo de paz entre israelenses e palestinos, nem representa uma tomada de lado no impasse. O presidente também pediu que o anúncio não afeta a normalidade na cidade velha, que abriga locais sagrados para as três principais religiões monoteístas do mundo: judaísmo, cristianismo e islamismo. “É tempo de paz e de um brilhante futuro para o Oriente Médio”, disse.
Tanto os israelenses quanto os palestinos querem que Jerusalém seja a capital de seu Estado independente e o status da cidade é indefinido desde os acordos de Oslo, em 1992. A maioria das representações diplomáticas ocidentais ficam sediadas em Tel-Aviv.
A decisão enfrenta oposição de todos os países do Oriente Médio, com exceção de Israel, e de aliados tradicionais dos EUA na Europa. Uma das promessas de campanha de Trump, a transferência da embaixada agrada a grupos religiosos conservadores que integram sua base de apoio, mas deve causar uma onda de fúria entre muçulmanos.
com jornalistas que o anúncio não mudará o atual status de Jerusalém nem afetará as fronteiras aceitas pela comunidade internacional. Essa é uma indicação de que os EUA não reconhecerão a cidade como “capital indivisível” de Israel, o que respeitaria a pretensão dos palestinos de terem Jerusalém Oriental como capital do Estado que pretendem criar.