Jerusalém, cidade de orações e conflitos
JERUSALÉM – O reconhecimento de Jerusalém como a capital de Israel pelos Estados Unidos nesta quarta-feira, 6, e a comoção que provoca em todo o mundo recorda o status único da cidade, santa para cristãos, judeus e muçulmanos, e no coração de um dos conflitos mais longos do planeta.
• Por que tanta comoção?
Jerusalém abriga a algumas centenas de metros de distância entre os muros da Cidade Velha os locais sagrados para bilhões de pessoas:
– A Esplanada das Mesquitas, chamada Haram al-Sharif (o Nobre Santuário) pelos muçulmanos, Monte do Templo pelos judeus.
É o terceiro lugar mais sagrado do Islã. De acordo com a tradição muçulmana, é o santuário mais distante onde o profeta Maomé esteve. O icônico Domo da Rocha, com sua cúpula dourada, ergue-se sobre o rochedo onde o profeta subiu ao céu em sua égua alada. A mesquita Al-Aqsa, no mesmo local, muitas vezes dá seu nome.
É também o local mais sagrado para os judeus, como se erguia o templo desta comunidade.
– Abaixo está o Muro das Lamentações, um antigo muro de contenção e último vestígio do Segundo Templo Judeu destruído em 70 d.C pelos romanos. É o sítio mais sagrado onde os judeus podem orar.
– O Santo Sepulcro, o santuário mais importante do cristianismo, construído no local onde, segundo a tradição, Jesus foi crucificado e enterrado.
• Capital para os israelenses…
Os judeus consideram Jerusalém, antiga capital do reino de Israel do rei Davi (século 10 antes de Cristo), como sua capital histórica ha mais de 3.000 anos por razões religiosas e políticas. Desde a destruição do Segundo Templo, o judaísmo prega o retorno a Jerusalém.
… e para os palestinos
Os palestinos afirmam que Jerusalém Oriental é a capital do Estado a que aspiram. Eles representam cerca de um terço de uma população de 882.000 pessoas (de acordo com estatísticas israelenses), mas são maioria absoluta em Jerusalém Oriental.