
Itália tem famílias cada vez menores, aponta Anuário
ROMA, 28 DEZ (ANSA) – A Itália conta com famílias cada vez menores, com pessoas com longa expectativa de vida e voltou a registrar alta no número de casamentos, é o que aponta o Anuário 2017 divulgado nesta quinta-feira (28) pelo Instituto Italiano de Estatísticas (Istat).
O documento usa os dados mais recentes em cada categoria, que englobam desde o custo de vida até temas como política e transporte, o que faz com que alguns dos números sejam de 2017, de 2016 e de 2015.
Segundo as informações recolhidas pela instituição, aumentou em 2017 o número de famílias formadas apenas por uma pessoas – de 20,5% em 2016 para 31,6% – e se reduzem aquelas formadas por cinco membros ou mais (de 8,1% para 5,4%). Nos últimos 20 anos, o número médio de componentes de uma família caiu de 2,7% (entre 1995 e 1996) para 2,4 (média entre 2015-2016), revelou o Istat.
atingiram o nosso país”, como o “progressivo envelhecimento da população” e o “aumento no número de divórcios e separações, bem como a chegada de cidadãos estrangeiros que, ao menos no início, vivem sozinhos”.
Em termos de território, a região central da Itália é a que registra mais pessoas morando sozinhas, com 34,4%, enquanto no sul, as famílias de uma pessoa só, representam 28,2%. Já na situação oposta, com cinco membros ou mais, o sul registra a cota mais alta (7,5%) enquanto o noroeste tem a mais baixa (4,25%).
Ainda sobre as famílias italianas, um fato interessante ocorreu: houve aumento tanto no número de matrimônios como no de divórcios. Segundo o Istat, em 2015 atingiram 194.377 – contra 189.765 do ano anterior. Mesmo assim, a Itália fica entre os países com menor número de casamentos na Europa ao lado de Portugal e Eslovênia.
Já na questão das separações e divórcios, elas passaram de 89.303 em 2014 para 91.706 em 2015 e de 52.355 para 82.469, respectivamente. Um dos motivos para a alta destes últimos, segundo o instituto, foi a entrada em vigor da lei que acelera o procedimento de divórcios em 2015.
Outro fato interessante apontado pelo Istat é que continua a queda no registro de nascimentos no país, mas a expectativa de vida voltou a aumentar. Em 2016, foram 473.478 nascimentos, uma queda de 12.342 na comparação com o ano anterior. E a queda nesse dado continua lado a lado da postergação da gravidez: as italianas estão tendo filhos cada vez mais velhas.
Ao mesmo tempo, o número de mortes caiu na comparação com o ano precedente e chegaram a 615.261 (32.310 a menos em relação ao ano anterior). Isso também ajudou a explicar o aumento na expectativa de vida, que subiu de 80,1 para 80,6 anos para os homens e de 84,6 para 85,1 para as mulheres.
Fonte: ANSA