Pode ser legal, más é imoral: Supremo reavalia auxílio-moradia em março
O auxílio-moradia pago a juízes, procuradores e conselheiros de Tribunais de Contas volta em um mês à pauta do Supremo. Em 2014, o ministro Luiz Fux havia estendido o benefício a todos os magistrados, nacionalmente, por liminar. Havia um julgamento em curso, mas Fux o interrompeu para pedir vistas. Seu voto finalmente ficou pronto em dezembro – demorou cinco anos.
Aliás… No início de dezembro mesmo Fux impediu que seguisseuma ação popular contra o benefício que simplesmente adiciona R$ 4,3 mil aos salário da turma.
Não é só com Fux. A ministra Cármen Lúcia tem em cima da mesa, desde agosto, um estudo do Conselho Nacional de Justiça para barrar a criação de auxílios vários para juízes. Uniformiza nacionalmente o que é pago e proíbe que surjam novidades. Continua no papel.
Auxílio-moradia, pois é. O procurador Deltan Dallagnon, coordenador da força-tarefa do MPF na Lava Jato, recebe R$ 4.377,73 mensais. E mora em casa própria, segundo Mônica Bergamo.
Desde 2014, foram empenhados R$ 5,4 bilhões com o benefício para membros do Judiciário e do Ministério Público. Números da Contas Abertas.
Manoel de Queiroz Calças, presidente do TJ-SP, sobre o valor médios de R$ 4 mil para o auxílio: “Eu acho muito pouco. É isso que você quer ouvir? Recebo. E tenho vários imóveis.”
Fonte: Meio