
Haddad acusa Bolsonaro de ‘abraçar nazismo’
SÃO PAULO, – O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, acusou seu adversário no segundo turno, Jair Bolsonaro (PSL), de “abraçar o nazismo”.
A declaração marca uma subida de tom na campanha do petista, que aparece 16 pontos atrás do deputado federal na última pesquisa do Datafolha, e chega em meio a uma onda de ataques com supostas motivações políticas pelo país.
A agência de jornalismo investigativo “Pública” contabiliza pelo menos 50 ataques de apoiadores de Bolsonaro em um período de 10 dias, incluindo a morte do mestre de capoeira baiano Romualdo Rosário da Costa, 63, assassinado a facadas após defender o PT.
O candidato do PT comentava a intimidação sofrida durante sua visita à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na última quinta (11), quando um eleitor de Bolsonaro xingou a Igreja Católica e perseguiu de carro a comitiva de Haddad.
“Vamos separar o que é fake news do que o próprio candidato fala a seu próprio respeito. Cultura da violência, do estupro, da tortura, do nazismo, quem abraça com as próprias palavras é ele próprio”, disse.
Segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”, o Acnudh cobrou condenações explícitas dos líderes políticos a esse tipo de episódio.
Por sua vez, a Igreja Católica pediu o fim do “mundo de separação” no Brasil, durante a missa pelo Dia de Nossa Senhora Aparecida, celebrada no santuário dedicado à santa. Bolsonaro, após ter dito que não podia controlar seus seguidores, tomou distância das agressões e afirmou que “dispensa” o voto de quem pratica violência contra adversários.
Fonte: ANSA