
suspeito de ser ex-integrante da Cosa Nostra é preso pela Polícia Federal
SÃO PAULO, 04 DEZ (ANSA) – A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (4) um brasileiro criado na Itália suspeito de ser ex-integrante da Cosa Nostra, a máfia siciliana.
Segundo o portal “G1”, o suspeito, que não teve sua identidade divulgada, foi detido no âmbito de uma operação para desarticular uma quadrilha de tráfico internacional de drogas atuante na região metropolitana de Salvador.
A ação foi batizada pela PF de “Operação Sicília” e cumpre 17 mandados de prisão temporária e nove de busca e apreensão.
Segundo a Polícia Federal, o brasileiro foi parceiro de Tommaso Buscetta (1928-2000), célebre delator da Cosa Nostra, e era responsável por receber e testar amostras de drogas que seriam enviadas à Europa.
Ainda de acordo com o G1, os principais fornecedores dos entorpecentes eram do PCC. O brasileiro teria construído um patrimônio superior a R$ 5 milhões, decorrente de atividades ilícitas.
Investigação
A investigação, segundo a PF, teve início em 2016 e identificou uma organização criminosa integrada por traficantes, sobretudo de origem estrangeira, que atuavam em Salvador com o intuito de enviar drogas com um alto grau de pureza para o exterior.
Quase todos os investigados, ainda de acordo com a PF, já possuem antecedentes criminais por tráfico de drogas e muitos deles continuaram atuando ilicitamente, mesmo estando presos ou cumprindo medidas judiciais alternativas.
Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.
Tommaso Buscetta
Tommaso Buscetta foi um dos grandes nomes do Cosa Nostra e ficou conhecido como “o homem que traiu a máfia”, após ter entregado os integrantes do grupo criminoso.
O italiano de Palermo começou a revelar, nos anos 1980, o nome de integrantes da máfia siciliana e de políticos envolvidos com a organização.
Após as revelações, toda a direção da máfia e 300 integrantes da organização foram condenados à prisão perpétua.
No ano de 1986, Buscetta foi extraditado para os Estados Unidos. Por sua colaboração contra as ações da máfia no país, obteve nacionalidade, uma nova identidade e proteção do programa de testemunhas para ele e sua
Fonte: ANSA