Curitiba: discursos inflamados, em ato que marca um ano da prisão de Lula – Simões Filho Fm
Redação

Curitiba: discursos inflamados, em ato que marca um ano da prisão de Lula


 
 
 

Milhares de pessoas acompanham ontem as homenagens ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no entorno do prédio da Polícia Federal (PF), em Curitiba (PR), onde o petista está preso há exatamente um ano. Um ato, com discursos de militantes e políticos, foi acompanhado pela multidão. À tarde, estavam programadas apresentações culturais. O evento finaliza as caravanas organizadas pelo Brasil até o local. Segundo a Polícia Militar, foram 3,5 mil pessoas participando dos protestos pela manhã. Já os organizadores estimaram 10 mil manifestantes. Ao menos três quadras no entorno do prédio da PF foram fechadas para os militantes.

A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, leu uma carta do ex-presidente Lula aos presentes. No documento, o político afirmou que está preso injustamente, sem provas, mas que, mesmo assim, foi impedido de ser candidato à Presidência. Citou que o PT vem sofrendo vários revezes, que começaram com o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e culminaram na sua prisão. Também considerou desproporcional o aparato policial montado quando ele foi ao velório do neto, Arthur, no mês passado.

“Na despedida do meu neto, o Brasil inteiro foi surpreendido com o imenso e desnecessário aparato repressivo preparado para mim. […] Tudo para impedir que eu até mesmo acenasse para aquelas pessoas solidárias a dor de um avô. Na mesma hora, compreendi que o medo deles não é do Lula, eles têm medo é dos milhões de Lulas – disse o petista na carta. Em seu discurso, o ex-candidato à Presidência Fernando Haddad (PT) afirmou que se criou uma instabilidade no país desde as eleições de 2014, quando, segundo ele, a oposição não aceitou a quarta derrota nas urnas, o que culminou, depois, na prisão de Lula. Também criticou duramente o atual presidente, Jair Bolsonaro, citando que ele está tendo o pior desempenho no cargo desde a redemocratização.

“Temos à frente da Presidência alguém que tem o pior desempenho nos primeiros cem dias de governo. O pior presidente da história depois da redemocratização do país”, discursou. “Uma pessoa que deve ter tido contato com os números da Datafolha na véspera, porque disse publicamente porque não tinha nascido para ser presidente. Ele não precisa nos convencer disso, estamos convencidos há muito tempo de que ele não tinha condições sequer de ser deputado, quanto mais presidente. Até colocar talvez um dos piores brasileiros na Presidente da República e o melhor brasileiro aqui, na Polícia Federal. Um diz que não nasceu para coisa, (enquanto) está um homem ali cheio de energia que quer voltar a governar o Brasil”. 

Fonte: O Globo –  Foto: Marcio Fernandes / Estadão


 
 
 

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