Homenagem: Colégio Estadual Victor Civita passa a se chamar Mestre Moa do Katendê – Simões Filho Fm
Redação

Homenagem: Colégio Estadual Victor Civita passa a se chamar Mestre Moa do Katendê


 
 
 

O Colégio Estadual Victor Civita, localizado na comunidade Dique Pequeno, no Engenho Velho de Brotas, em Salvador, passa a ser denominado de Colégio Estadual Mestre Moa do Katendê a partir desta quinta-feira, 18.

A iniciativa presta uma homenagem a um dos maiores mestres de capoeira de Angola da Bahia, assassinado no dia 8 de outubro de 2018, com 12 facadas pelas costas. Mestre Moa morava no bairro e tinha uma importante atuação cultural junto à comunidade local, tornando-se uma liderança reconhecida em todo o país e no mundo e teve filhos e sobrinhos que estudaram no colégio, que hoje recebe o seu nome.

A mudança ocorre graças a portaria nº 471/2019, publicada no Diário Oficial (D.O.) e assinada pelo secretário da Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues, atendendo à uma solicitação da comunidade escolar, dos moradores do Engenho Velho de Brotas e do movimento negro.

Romualdo Rosário da Costa (1954-2018), conhecido como Mestre Moa do Katendê, foi compositor, percussionista, artesão, educador e mestre de capoeira brasileiro. O capoeirista se preparava para construir um espaço próprio na comunidade Dique Pequeno. A sua morte suscitou homenagens de nomes de peso como Caetano Veloso e Gilberto Gil, bem como de artistas internacionais, como Roger Waters.

Homenagem: ‘Mestre Moa do Katendê – A primeira Vítima’

O documentário ‘Mestre Moa do Katendê – A primeira Vítima’, que presta homenagem à memória e ao legado cultural afro-baiano do capoeirista Mestre Moa, assassinado em outubro deste ano após discussão política, foi exibido na TVE Bahia. O doc., dirigido por Carlos Pronzato e produzido por Paulo Magalhães, conta a trajetória do Mestre Moa e reúne entrevistas e imagens de atos culturais em memória do capoeirista.

Produzido em apenas 14 dias, o filme contou com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores em Água e Esgoto no Estado da Bahia, (Sindae) e estreou em Salvador na Terça da Benção, festa tradicional do Bloco Olodum, que acontece no Pelourinho.

Moa era mestre de capoeira, músico, compositor, dançarino, ogã, artesão, educador e ativista da causa negra. Em 1979 teve sua música “Badauê” gravada por Caetano Veloso, no LP Cinema Transcendental. A canção é um Afoxé que conta a história do Bloco Afro Badauê, fundado pelo mestre e tocada no carnaval de Salvador no final dos anos 70. Além de Caetano Veloso, Mestre Moa teve composições gravadas por blocos afros como o Ilê Ayê.

Em 45 minutos, o documentário ‘Mestre Moa do Katendê – A primeira Vítima’ reuniu depoimento de familiares, amigos, parceiros musicais e pesquisadores que relatam a trajetória do Mestre Moa e sua saga pela valorização da arte e cultura do negro no Brasil.

Fonte: A Tarde / Blog do Thame


 
 
 

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