
Bloqueios em vias por bolsonaristas entram no 2º dia e geram transtornos em todo país
Entraram, nesta terça-feira (1º), no 2º dia as paralisações feitas nas rodovias por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que protestam contra os resultados das urnas, com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o mandatário para a presidência da República no último domingo (30).
Os protestos começaram ainda na madrugada desta segunda-feira (31), horas depois de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter divulgado o resultado da apuração.
Balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF) desta manhã indicava 271 pontos com vias obstruídas.
No primeiro dia, os bloqueios haviam ocorrido em ao menos 23 estados e no DF, em 338 pontos.
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ainda na madrugada de terça, formaram maioria para confirmar a decisão individual do ministro Alexandre de Moraes, que determinou à PRF e às polícias militares dos estados o desbloqueio das rodovias.
A PRF informou, no início desta manhã, já ter desfeito 192 manifestações em rodovias federais, mas não detalhou onde.
A maior parte dos bloqueios era total no primeiro dia, sem que qualquer veículo fosse liberado para passar nas vias tomadas pelos caminhoneiros.
As estradas onde houve a maioria dos bloqueios era federal, mas também houve atos em rodovias estaduais. Os bloqueios ocorrem principalmente nos estados do Sul e do Centro-Oeste do país.
O Ministério Público Federal (MPF) pediu nesta segunda-feira (31) informações à Polícia Rodoviária Federal (PRF) sobre as providências adotadas para manter o fluxo de veículos nas rodovias federais.
No documento enviado à PRF, a subprocuradora da República Elizeta de Paiva Ramos pediu que a corporação informasse a relação completa de trechos que estavam concentrados os bloqueios e as medidas tomadas para desbloquear as rodovias.
A Polícia Rodoviária Federal, em nota, afirmou ter tomado, desde domingo, todas as providências para o retorno da normalidade do fluxo.
No fim da manhã desta segunda, a corporação chegou a informar que negociava com manifestantes e que havia acionado a Advocacia-Geral da União (AGU), que representa órgãos do governo em ações judiciais, para apresentar os pedidos à Justiça Federal.