Roberto Carlos soube da morte de Erasmo antes do público – Simões Filho Fm
por Redação

Roberto Carlos soube da morte de Erasmo antes do público


 
 
 

A morte do ícone Erasmo Carlos nesta terça-feira (22) pegou o meio artístico de surpresa. Mas antes do público geral tomar conhecimento fato, um dos amigos do artista, o cantor Roberto Carlos, foi informado do ocorrido.

Segundo informações publicadas pelo colunista Valmir Moratelli, da Veja, o parceiro de composições de Erasmo ficou sabendo sobre o falecimento através de uma ligação. Um membro da família do “Tremendão” telefonou pessoalmente para Roberto ainda nesta manhã.

Relatos dão conta que o capixaba ficou muito triste com a partida de Erasmo, mas já tinha conhecimento de que o amigo precisou ser internado há alguns dias, com um quadro de saúde complicado. Erasmo já tinha sido internado há algumas semanas e teve alta médica para continuar os cuidados em casa.

Roberto Carlos tem shows marcados para a próxima semana no Rio de Janeiro e, de acordo com a publicação, não deve alterar a agenda. Uma das apresentações será a gravação do especial de fim de ano da TV Globo, com a participação de Maria Bethânia, Lucy Alves e outros nomes.

Vida e obra do “Tremendão”

Nascido no Rio de Janeiro, em 5 de junho de 1941, Erasmo Carlos deixa um legado de mais de cinco décadas de carreira. Um dos pioneiros do rock brasileiro, ele foi o maior parceiro musical de Roberto Carlos com diversas composições e produções em conjunto, como os clássicos “Minha Fama de Mau”, de 1965, “É Preciso Saber Viver”, de 1968, “É Proibido Fumar”, de 1972, e “Sentado à Beira do Caminho”, de 1980.

Inspirado principalmente por Elvis Presley, o cantor chegou a integrar a banda Renato e Seus Blue Caps na década de 1960 com versões brasileiras de músicas internacionais. Anos depois, elencou o trio formado por ele, Roberto Carlos e Wanderleia no icônico programa Jovem Guarda, onde foi apelidado de Tremendão.

O projeto da Record TV encabeçou o movimento cultural a partir de 1965, marcado pela ascensão do rock e influências de grupos gringos como os Beatles. Essa irreverência ditou a música, o comportamento e a moda de gerações fascinadas pelos três cantores e apresentadores.

Com mais de 600 músicas gravadas em mais de 30 discos, Erasmo fica eternizado na voz de grandes sucessos como “Filho Único”, “Mulher (Sexo Frágil)”, “Gatinha Manhosa”, “Festa de Arromba” e “Vem Quente Que Eu Estou Fervendo”, que marcaram os longos anos de sua trajetória musical.

Em 2019, o artista ganhou uma cinebiografia estrelada por Chay Suede com a história de seus primeiros passos na estrada musical até virar um dos maiores símbolos do rock nacional. “Pô, bicho. Você me fotografou muito bonzinho. Eu era um pouco mais mauzinho”, brincou Erasmo Carlos, como contou o diretor Lui Farias ao “UOL”, quando viu o filme pela primeira vez.

Seu último álbum foi lançado no início de 2022, intitulado “O Futuro Pertence À…jovem Guarda”. O disco fechou sua carreira com chave de ouro ao trazer releituras de hits de artistas da Jovem Guarda e foi celebrado com um Grammy Latino.

Yahoo Notícias / Patrick Monteiro 


 
 
 

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