Bruno Reis diz que cerca de 300 pacientes em Salvador esperam na fila da regulação por dia
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), disse, nesta segunda-feira (3), que em torno de 300 a 340 pacientes na capital baiana esperam na fila da regulação para serem atendidos nos hospitais estaduais. O gestor soteropolitano afirmou ainda que, por meio das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital baiana, a prefeitura tem colaborado com o sistema de saúde do estado.
“Imagine se não houvesse essas UPAs. As UPAs de Salvador tiveram a capacidade de tirar as pessoas que viviam nas portas dos hospitais, do HGE (Hospital Geral do Estado), do Roberto Santos. Muitas deitadas em macas, nos corredores, à espera do atendimento. Isso não é discurso, isso é uma constatação, uma realidade. Essas pessoas, se não fossem as nossas UPAs, não iriam ficar em casa, porque elas precisam do atendimento, estariam nas portas dos hospitais”, disse.
A declaração de Bruno Reis ocorreu em coletiva de imprensa após ser questionado sobre o sistema de saúde da capital baiana. “Eu acho que é cada um fazendo o seu papel. A gente sabe que o papel da regulação, de garantir, principalmente, o atendimento de alta complexidade é do Estado, mas a prefeitura vem sem sombra de dúvidas, assumindo mais responsabilidades e atribuições, porque o povo não pode esperar”, acrescentou.
O prefeito afirmou ainda que, para a demanda de Salvador, nove UPAs seriam suficientes, conforme preconiza o Ministério da Saúde. Por essa razão, disse ele, além das 11 unidades atuais, a prefeitura vai entregar mais uma nova UPA, que ficará no Hospital Maternidade e da Criança e está em fase de implantação na Federação.
Críticas
Na semana passada, o vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, disse que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) insiste em um “modelo falido”, ao se referir a fila da regulação. “O problema só se aprofundou ao longo de 18 anos de governos do PT. Insistem nesse modelo que tem dado errado. Regulação falida”, ressaltou.
Já o líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Alan Sanches (União Brasil), afirmou que pacientes de Salvador têm sido perseguidos pelo governo. “Eles (a Secretaria de Saúde da Bahia) não priorizam pela gravidade dos pacientes, mas pelos seus municípios amigos, e isso jamais deveria ser feito. Isso não está certo”, afirmou o parlamentar, que é médico por formação, em entrevista ao CORREIO.
Créditos: Correio da Bahia
Foto: Divulgação/PMS