Ao divulgar pesquisa IBOPE expõe as fraquezas dos candidatos à Presidência
Em recente pesquisa, realizada pelo Ibope, foi exposta as fraquezas dos candidatos á Presidência de República, para as próximas eleições em 07 de Outubro/2018.
Jair Bolsonaro- PSL, enfrenta forte resistência no eleitorado feminino. Marina Silva – Rede, patina entre o eleitorado masculino, Ciro Gomes, PDT, não convence os evangélicos, Geraldo Alckmim , PSDB, não atrai os mais jovens, Fernando Haddad, PT, provável substituto de Luiz Inácio Lula da Silva, tem desempenho pífio no interior…
A amostragem revela quem está à frente da corrida eleitoral, e aponta os segmentos do eleitorado em que os candidatos têm desempenho mais fraco que a média. Muito provavelmente esse quadro se mantenha , em um primeiro momento: as equipe de campanha dos principais concorrentes não planejam fazer agora esforços para conquista eleitores mais resistentes. Pelo contrário a estratégia , é reforçar os laços com os eleitores de perfil mais afeito ao perfil de cada um.
Apenas um terço dos candidatos de Bolsonaro é formado por mulheres – sendo que as eleitoras são 53% do eleitorado nacional. O deputado que costuma ter alto engajamento de seguidores nas redes sociais, também enfrenta resistências no eleitorado mais velho e desconectado à internet.
– Eliane de Souza, mora em Teresina Piauí, é contundente ao explicar os motivos que a levam não cogitar votar no candidato do PSL, nas próximas eleições “ “Ele entra em polémicas sobre racismo, mulheres, Homofobia… não acho que ele tenha condições de governar o país”, afirmou.
– Já a moradora da periferia de Salvador, aposentada Maria José dos Santos, de 76 anos, não possui celular nem ara fazer ligações, não usa aplicativos como whatsApp tão pouco se conecta ás redes sociais. “Não sei quem é esse cara nunca ouvi falar”, disse ela ao ser questionada sobre a candidatura de Bolsonaro, que concentra simpatizantes no segmento com maior escolaridade e renda. No outro extremo, é escasso o apoio entre os mais pobres e que estudaram até a quarte série.
“Quem quiser que vote nele, eu não”, disse Maria José, surpresa ao saber que que lidera as pesquisas de sondagens de votos, quando o ex-presidente Lula é excluído da lista de candidatos. ”Se dois terços dp eleitorado de Boplsonaro é masculino, com o contingente que apoio Marina Silva ocorre o contrário. Segundo o IBOPE, somente, 37% dos eleitores da candidata do Rede, ao planalto, são homens. Ela também tem desempenho abaixo da média nacional entre os eleitores mais velhos, brancos, de renda alta e do interior.
-“ Ah, não dá, marina tem um sério problema de confiabilidade governamental”, disse Reinaldo Gomes da Silva, de Pitangueiras cidade da região de Ribeirão Preto, em São Paulo. Do Paraná vem mais um “não” para marina. “Ela não me inspira confiança”. Tem que ter pulso firme, tem que ter a última palavra e nos discursos ela não demonstra isso”, afirmou Paulo Juliano Choma, da cidade de Mallet.
Mulher branca, evangélica e moradora da região Centro-Oeste, a radialista Yara Galvão, de Aparecida de Goiânia, (GO), é representante de vários segmentos nos quais Ciro tem desempenho rui. Para ela, o “histórico político”, do representante do PDT” “desabona o candidato”.
Lucas Morais, de 26 anos morador de Fortaleza, considera Alckmim um candidato dos “empresários sulistas”, o que afasta qualquer possibilidade de votar no ex-governador. Morais encarna, ao mesmo tempo, dois segmentos em que o tucano tem desempenho inferior à média; Nordestinos e jovens.
Na divisão das intenções de voto por gênero e por religião, porém a distribuição de Alckmim espelha exatamente a composição do eleitorado no país.
Haddad ainda nem se apresenta como possível candidato apesar de o PT apostar nele como “plano B” para quando Lula for declarado inelegível por problemas legais – ex-presidente foi condenado em segunda instância na lava Jato e está preso desde o último dia 7 de abril.
Pouco conhecido no país, Haddad é ainda ignoradofora das capitaios. “É um cara que não se destaca”, disse Gilmar Baioto. 51 anos, comerciante de Porto Belo, (SC). “Não conheço o trabalho dele”, afirmou em discurso parecido ao de Rosângela Souza de Florianópolis.
Fonte: Estadão *Edição nº 45603