Segunda mulher eleita deputada federal pelo PT-BA, Ivoneide destaca avanço de bancada
Eleita deputada federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Ivoneide Caetano é apenas a segunda mulher do partido a conquistar uma vaga na Câmara dos Deputados pela Bahia. Desde a redemocratização em 1988, apenas em 2015 a primeira mulher eleita à Câmara dos Deputados pelo PT da Bahia tomou posse no cargo: Moema Gramacho. Estreante, Ivoneide destacou sua eleição como movimento “necessário” para as mulheres na tomada decisões no país.
“É uma grande responsabilidade. Afinal o PT teve a oportunidade de ter uma deputada Moema, que fez um excelente trabalho no Congresso Nacional. E agora estou chegando lá para representar meu partido aqui na Bahia, as mulheres, os trabalhadores e isso cedendo o mandato de Caetano, que foi um grande deputado. Eu estou muito feliz e vou contar com muitos companheiros e companheiras, lá tem deputadas experientes como Alice Portugal, Lídice da Mata, minhas amigas. Estou motivada, é uma vitória boa e necessária porque mais mulheres ocupando espaço de poder, sabemos que somos a maioria e estamos em todos os lugares, mas não estamos nos lugares que decidem. Estamos avançando aos pouquinhos”, disse em conversa com o Bahia Notícias.
Ivoneide Souza Caetano foi eleita com mais de 105 mil votos e tem sua principal base eleitoral no município de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, onde disputou a prefeitura em 2020. A cidade é reduto de seu marido, o coordenador de campanha do candidato ao Governo, Jerônimo Rodrigues, Luiz Caetano (PT). Caetano também já foi secretário de Relações Institucionais do Estado no governo Rui Costa (PT), prefeito de Camaçari e deputado federal eleito em 2014 e reeleito em 2018, apesar de ter sido impedido de assumir o mandato na segunda oportunidade.Ao longo do ano, a expectativa também era que outro quadro do PT pudesse chegar à Câmara como a segunda mulher do partido a ser eleita na Bahia. A vereadora Marta Rodrigues (PT) tinha a seu favor dois pontos: o apoio do irmão, Jerônimo, e uma “herança política” com os votos deixados por Nelson Pelegrino, que deixou a política para assumir o cargo de conselheiro no Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA) (leia mais. No entanto, Marta não conseguiu a eleição e ficou na suplência. Ela recebeu 53.306 votos.